A ex-aluna da IENH, Isadora Patias Piccoli, representou sua pesquisa na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), realizada entre os dias 24 e 28 de março, com um projeto inovador voltado à sustentabilidade na agricultura.
O estudo, intitulado “Controle do fungo Sclerotinia sclerotiorum, ‘Mofo Branco’, em Helianthus annuus (girassol), a partir do desenvolvimento de um pesticida biológico à base de tanino extraído da casca do pinhão”, apresenta uma alternativa natural ao uso de agrotóxicos.
Sob a orientação da professora Ana Paula Muller Machado e a coorientação da professora Michele da Rosa Kopschina, Isadora desenvolveu um pesticida biológico utilizando tanino, composto com propriedades antifúngicas encontrado na casca do pinhão, fruto da Araucaria angustifolia. O objetivo da pesquisa é avaliar a eficácia do extrato de tanino na inibição do crescimento do fungo Sclerotinia sclerotiorum, responsável por perdas significativas na produção de girassol.
Os resultados preliminares demonstraram um efeito inibidor promissor, especialmente em concentrações mais altas do extrato, reforçando o potencial do pesticida biológico como alternativa sustentável aos produtos químicos convencionais. No entanto, a pesquisa também apontou a necessidade de estudos complementares para aprimorar a aplicação do extrato e minimizar a proliferação de outros microrganismos.
Para a professora e orientadora da pesquisa, Ana Paula Machado, participar da Febrace é uma grande oportunidade:
“Participar da FEBRACE é uma experiência transformadora, tanto para mim, como professora, quanto para a ex-aluna Isadora, que representou nossa escola com tanto empenho e dedicação. A iniciação científica é uma ferramenta poderosa que desperta a curiosidade, incentiva a investigação e desenvolve habilidades fundamentais para a formação dos estudantes, como o pensamento crítico, a resolução de problemas e a autonomia intelectual. Nessa feira, temos a oportunidade de apresentar um trabalho que é fruto de muito estudo e dedicação, além de trocar conhecimentos com outros jovens pesquisadores e especialistas de diversas áreas. Essa vivência amplia horizontes, inspira novos projetos e reforça a importância da ciência para a construção de um futuro melhor.”, ressalta ela.
A professora também comenta sobre a relevância da iniciação científica na formação dos jovens:
“Para os adolescentes, a iniciação científica não é apenas uma atividade escolar; é uma porta de entrada para o mundo da pesquisa e da inovação. Ela permite que os estudantes compreendam a ciência na prática, enxerguem seu potencial e percebam que suas ideias podem gerar impacto na sociedade. Como professora, é gratificante acompanhar esse crescimento e ver o brilho nos olhos dos alunos ao perceberem que são capazes de transformar conhecimento em ação.”
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