Os alunos dos 4ºs anos do Ensino Fundamental da IENH – Unidade Oswaldo Cruz tiveram uma experiência de trabalho colaborativo através da produção de máscaras de gesso, no dia 30 de junho. Sensibilizar os alunos para a percepção dos diferentes formatos de rostos e expressões faciais, através do tato, foi um dos objetivos da atividade.
Ao trabalhar com o livro “Esquisita como eu”, da Martha Medeiros, os estudantes perceberam a utilização de máscaras na ilustração da capa. O questionamento sobre o motivo dessa escolha despertou curiosidade sobre o que as máscaras representam. Muitas hipóteses foram levantadas e dúvidas interessantes surgiram nessa discussão. A produção das máscaras em gesso foi uma vivência planejada pelas Professoras Bianca Cristina dos Reis e Juliana Bohn para que os alunos pudessem construir diferentes significados para esse objeto através de estímulos sensoriais. Além disso, o fato de uma pessoa precisar da ajuda para fazer a sua máscara impõe a necessidade do trabalho colaborativo, prática baseada no respeito e cuidado mútuo.
A Professora Rita Mosmann, responsável pelo Componente Curricular de Artes nos 5ºs e 6ºs anos foi a convidada especial para a atividade. Rita compartilhou com os 4ºs anos o seu conhecimento e experiência na produção de máscaras. No primeiro momento, os alunos receberam orientações técnicas apresentadas de forma prática, durante a produção de uma máscara na Professora Juliana. Em seguida, em duplas, os alunos prepararam os seus materiais e planejaram a tarefa, definindo quem seria o primeiro a servir de modelo para a confecção da máscara.
Entre água morna, ataduras de gesso, tesouras, potes e muita atenção, os estudantes experimentaram emoções diferentes. O cuidado com a preservação dos olhos, da boca e do nariz dos amigos foi um desafio para todos. A percepção das diferentes curvas e linhas de cada rosto, do tamanho dos olhos, do formato do nariz e do contorno da boca de cada um foram descobertas que causaram espanto. “Os dedos que alisavam as ataduras sobre o rosto dos amigos ora traduziam cuidado, ora preocupação, ansiedade ou responsabilidade. A paciência de alguns foi exercitada pela necessidade de permanecerem sentados por um longo tempo. A entrega do seu rosto aos cuidados do outro foi um contrato de confiança que exigiu negociações e comprometimento. As máscaras significaram, nessa vivência, conhecimentos, relações humanas e trabalho”, relata a Professora Bianca.